Quanto sonho colorido eu
pintei no meu caderno quando eu tinha sete anos.
Eu sonhava em ser cantora, médica e atriz, e também mãe.
Que peso de inocência. Doce esperança.
Fazer duas coisas ao mesmo tempo já tem sido tarefa para
gente grande, quanto mais ser tudo que me agrada de uma vez só.
Eu não passei na faculdade de medicina, perdi toda a vontade de atuar, canto com
pouca frequência, e a ideia de ser mãe me assusta um pouco, embora eu sei que
na hora certa eu vou estar preparada.
Mas eu ainda tenho sonhos.Embora as obrigações tentam
colocá-los em pra lá de últimos planos, a minha mente, e o meu coração da
sempre um jeitinho de procurá-los na minha memória.
Não está fácil ver as condições oferecidas alheias às que me
levariam ao topo do meu mundo encantado.
Eu cresci, casei, e a vida agora quer me da o banho gelado
de que contos de cinderela são conversa para boi dormir.
Mas eu não acredito nela. Eu conheço quem criou a vida. Ele
até já me deu o príncipe encantado, vivinho da silva.
Se o meu dia a dia me levar a chorar, eu quero dormir e
sonhar que os meus sonhos estão guardados
na gavetinha de Deus. Um dia se ele achar que eu mereça, ou ainda que de
fato eu nunca venha merecer, a única
coisa que pode me impedir , ou me levar até eles, é a sua perfeita e
incontestável vontade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário