terça-feira, 6 de dezembro de 2011

volta.

Os dias parecem mais curtos, o tempo se resume em minutos que voam, e eu me pego longe de Ti.
Pareço haver esquecido do tom suave mas firme, da Tua voz. E tudo que eu consigo gritar é que eu sou pó.
Eu sei que foram tardes lindas, noites intensas de tanta alegria por sua incomparável presença. Mas de repente em meus dias parece ser tão difícil reconhecer o Teu timbre.
Logo eu que julgava tão chegada, tão decidida em prosseguir com alguns conceitos, e posturas que cheiravam elogios do Papai. Aonde foi que eu deixei de te preferir? Em qual das ruas eu decidi estacionar? 
Logo eu que achava estar tão perto de te enxergar no espelho...
Não é fácil diminuir a velocidade, a aceleração ou qualquer outra coisa que me torna mais devagar  nessa corrida. Eu sei que devo correr com paciência, mas ser paciente de mais as vezes me impede de correr.
Chegaram as noites escuras em que encontrar a luz parece ser missão pra gente grande. E eu nunca estive tão pequena.
Eu sei que eu tenho um papel meio rascunho e um lápis em minha mão, e tudo que  eu tenho conseguido desenhar são traços tortos. No meio de toda a reforma, eu me pego olhando pra areia e imaginando minha casa lá. Aonde renunciar não são condições únicas pra se morar bem, aonde matar o seu eu é considerado um assassinato à sua felicidade e não um sacrifício à Deus. É, na rocha que é o lugar certo ta difícil, os materiais estão caros, a mão de obra mais ainda..não ta brincadeira.
Eu sei que torrei meus créditos, abri uma conta, e to te devendo muito. Mas Deus quebra essa, fala mais alto, ou me ajuda com os ouvidos que tu formastes. Porque se eu não te ouvir eu to surda pra todo o resto.




Desperta, desperta Oh filha de Sião!
Boa noite.

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